O VOO
“O Homem
não é nada em si mesmo.
É
somente uma oportunidade infinita.
Mas é o
responsável infinito desta oportunidade.”
(Albert
Camus)
Goza a euforia do voo do anjo perdido em ti.
Não indagues se as nossas estradas,
tempo e vento desabam no abismo.
Que sabes tu do fim?
Se temes que o teu mistério seja uma noite,
enche-o de estrelas.
Conserva a ilusão de que o teu voo te leva
sempre para mais alto.
No deslumbramento da ascensão,
se pressentires que amanhã estarás mudo,
esgota, como um pássaro,
as canções que tens na garganta.
Canta! Canta para conservar a ilusão de festa
e de vitória!
Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste
não és mais que um voo no tempo.
Rumo ao céu? Que importa a rota?
Voa e canta enquanto resistirem as asas.
Não indagues se as nossas estradas,
tempo e vento desabam no abismo.
Que sabes tu do fim?
Se temes que o teu mistério seja uma noite,
enche-o de estrelas.
Conserva a ilusão de que o teu voo te leva
sempre para mais alto.
No deslumbramento da ascensão,
se pressentires que amanhã estarás mudo,
esgota, como um pássaro,
as canções que tens na garganta.
Canta! Canta para conservar a ilusão de festa
e de vitória!
Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste
não és mais que um voo no tempo.
Rumo ao céu? Que importa a rota?
Voa e canta enquanto resistirem as asas.
Mennotti Del Picchia
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